sábado, 26 de novembro de 2011
O lápis preto, por favor.
''Você sabe: há muitas pessoas sofrendo desilusões diárias e a solidão é o mal do século. Porque então, escrever sobre profundas tristezas tristezas, colocar álcool, sal e dedo na ferida que não cicatriza; porque ler sobre coisas tão tristes? Porque são reais.
A infelicidade, a dor, a amargura, são constantes na vida de todos. Todo mundo sofre, mas me diga: existem muitas pessoas felizes? Arrisco: não existe ninguém em estado de plena felicidade, 100% todo santo dia. Somos inconformados. Queremos sempre mais. Podemos ter uma vida boa, leve. Mas não. Queremos tudo do bom e do melhor. Caso contrário, sempre estará uma lacuna em branco.
Com tristeza, faz-se literatura, música, peças teatrais, cinema. Tristeza dá dinheiro. Na maioria das vezes, as pessoas aproximam-se para compartilharem as tristeza incalculáveis. Queremos mais. Queremos a Grande Tristeza, admitir que tudo está difícil, que tudo está uma merda. É mais fácil mandar tudo à puta que o pariu do que contornar os problemas, do que resolvê-los, tentar algo melhor, algo bom. Preferimos dizer que fracassamos do que dizer: nós tentamos.
Aceitamos o fato de que a vida é feita para perder constantemente, o que não é verdade, no fundo nós sabemos. O erro está em nós. Nós, egoístas, queremos que o mundo gire ao nosso redor e não abrimos mão de coisa alguma para a felicidade alheia. Felicidade dos outros dói, machuca, incomoda. E pra gente, não têm também?
Felicidade é simples. Está em coisas disfarçadas. Mas como sempre, optamos pelo caminho árduo, difícil e choroso. Queremos algo que nos comova, alguém que chore por nós, alguém pra nos resgatar de um lugar que nós mesmos criamos. É mais cômodo admitir que não deu certo, que isso não é o que a gente deseja, do que lutar ou esperar para conseguirmos vencer.
Nem sempre a vida é justa? Concordo. Mas isso não é desculpa para jogar a toalha e sair de cena pra se esconder nos bastidores. Ninguém brilha atrás das cortinas. Mas se você for até o palco, cair, sorrir e batalhar até o fim, as coisas se encaminham e a platéia aplaude.''
J.B.W. 26/11/11 17:24
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Feniletilamina
''O amor não tem idade
Não têm peso nem medidas
É um pouco de solidariedade
Entre duas pessoas queridas.
É um tipo de doação
Entre dois apaixonados
Dá-se o seu coração
A outro recém encontrado.
Quem o possui
Não o quer largar
Quem apenas o intui
Almeja logo encontrar
Amor de amigo ou de irmão
De pais ou enamorados
É tudo uma união
Mesmo entre corações distanciados
Para o título entender
Você precisará de uma pista:
Química orgânica precisará aprender
E se trata de uma cadeia mista.''
J.B.W. 26/10/11 15:33
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