Infinito particular

''Uma gaveta cheia de cartas, fotos e lembranças. Isso é o que me restou. O teu cheiro ainda está impregnado na minha pele. O teu sorriso ainda ecoa em meus ouvidos. A minha pele ainda sente as tuas mãos. Meus braços ainda sentem os teus abraços. Tuas palavras ainda passam e repassam na minha mente. Suas histórias ainda me fazem rir. Eu digo o seu nome, mas você não me ouve. Tinha e tenho tanto a te contar, e queria tanto saber como tu andas... Dizem que tudo o que é exagerado para mais ou para menos, faz mal. Por isso não deu certo. Não porque foi de menos, mas porque foi amor demais, intenso demais. Fizemos tanto um pelo outro, mas ao mesmo tempo, fizemos tão pouco. Faltou confiança, faltou respeito. Um pouco de paciência, quem sabe. Você disse, aliás, você prometeu com todas as letras: eu te espero o tempo que for preciso. Te espero para sempre. Mal sabia eu, que o seu 'para sempre' tinha um fim. Mas eu acreditei. Acreditei porque achei que se eu sentia tal coisa, tu também sentias o mesmo. Porém, aqui estou eu agora, atirada ao relento, sentindo esse vazio da tua ausência.''


JBW  27/04/11     09:31