domingo, 23 de outubro de 2011
Eu, humana
''Você vai dizer que pouco sei, vai dizer que calma, vai passar. É louco pra dizer, viu eu te disse, sem se importar com aquilo o que realmente importa. Você se importa mais com o meu outside do que com o seu inside.
O que era para ser um jardim florido, você faz questão de colocar todas as suas ervas daninhas, percevejos e pulgões. Estraga, ou tenta, estragar-me tudo àquilo o que me há de mais puro e sincero. Tenta me impor algo que nada é de verdadeiro. Entenda que suas ideologias são diferentes das minhas. Seus sonhos não são os meus.
Não vivemos em Paris nos anos 20 aonde tudo era romanticamente correto. Sou muito mais uma hippie dos anos 70 nesse turbilhão de loucuras, nesse oceano de cores e rodas de viola. Não sou quem você queria que eu fosse, não sou alguém que você quis criar para ter como objeto de orgulho, como objeto de admiração. E não vou me desculpar por isso. Porque antes de orgulhá-lo, preciso ter orgulho de mim mesma, e só poderei tê-lo se eu for verdadeiramente eu.
Não quero ser mais um daqueles protótipos falsos de pessoas-felizes-de-comerciais-de-margarina. Quero criar a minha própria história, me inventar e reinventar quantas vezes julgar necessário. Ser um alguém diferente no meio de tanta mentira ideologizada. Ser eu mesma, mergulhando profundamente em mim com toda a minha loucura-sensatez e minha lucidez-insana.
Não sou normal e nem anormal. Sou apenas humana. Sou eu mesma.''
JBW 17/10/11 09:44
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