domingo, 9 de outubro de 2011
A água que não sacia
''Já havia se passado muito tempo desde a meia-noite. A madrugada de um domingo consegue ser tão tediosa quanto o dia de domingo propriamente dito. Revirava em minha cama, mas não adiantava, o sono estava longe de vir dar as caras. O suor escorria em meu corpo, - era uma daquelas noites de setembro infernais, nas quais nem um ar-condicionado à seu máximo consegue ajudar - meus lábios e garganta estavam demasiadamente secos, gritavam por água.
Levantei, mesmo com toda aquela preguiça que em meu corpo habitava, e me dirigi à cozinha. Abri a geladeira procurando pela água mais gelada que eu pudesse encontrar. Ao tomá-la, meus lábios e garganta quase gritavam de tamanha satisfação, de tamanha fe-li-ci-da-de. Repeti essa última palavra bem devagar, saboreando cada sílaba, cada letra.
Então, percebi que minha sede maior não era aquela na qual havia acabado de saciar. Havia A Sede Maior. Minha sede era sede de viver. Tenho uma sede de explorar lugares que jamais fui, conhecer pessoas que nunca conheci. Sede de encontrar todos os caminhos que levam até a felicidade. Sede de gritar em plenos pulmões que viver é a melhor coisa que existe. Sede de viver intensamente, fervorosamente e felizmente cada mísero segundo de minha vida.
Quero a água que mate minha sede de viver. E com bastante gelo, por favor.''
JBW 07/10/11 10:53
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Parece que você lê meus pensamentos e passa eles pro teu blog com tamanha beleza que nem o melhor escritor do mundo conseguiria. Afinal, você é a melhor.
ResponderExcluirSão os seus olhos! Eu não sou nem metade disso tudo! Te amo sua linda :)
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